Conhecido por seu talento na dança, o coreógrafo Carlinhos de Jesus tem vivido dias difíceis longe dos holofotes. Aos 70 anos, o artista revelou estar lidando com um diagnóstico complexo que impactou diretamente sua rotina e mobilidade: bursite trocantérica bilateral e tendinite nos glúteos.
A condição fez com que o bailarino precisasse recorrer a muletas e até cadeira de rodas para se locomover. Em entrevista ao programa Fantástico, da Globo, ele contou como o quadro se agravou e relembrou os primeiros sinais da doença, que surgiram discretamente há cerca de três anos.
“Estava no Rio Grande do Sul, comecei a sentir uma dor que não conseguia botar o pé no chão, não conseguia andar. Eram umas fisgadas e passava, andava 3 ou 4 passos e doía novamente”, descreveu, ao explicar o momento em que decidiu buscar atendimento médico.
O agravamento da dor aconteceu em junho, e levou Carlinhos à internação. O relato sobre a intensidade da dor é comovente: “Quando cheguei no Rio de Janeiro não aguentava mais de dor, e cheguei a cair. Era tanta dor que a medicação para eu dormir era morfina. A minha cabeça hoje é viver o hoje, mas, quando eu penso no amanhã, aí é que eu começo a me apavorar. Como é que eu vou viver?”, confessou.
A condição, conforme apresentado no programa da emissora carioca, está relacionada a uma doença autoimune que ataca a mielina, substância que reveste os nervos e permite que os comandos do cérebro cheguem ao corpo de forma eficiente. Com esse sistema comprometido, os movimentos se tornam limitados e a dor pode se tornar crônica.
Desde o diagnóstico, Carlinhos de Jesus vem seguindo um plano de cuidados que inclui fisioterapia, musculação orientada, tratamentos com ortopedista, sessões de acupuntura e imunoterapia. “Querem estabilizar para que não se agrave”, contou ele.
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