Adriane Bonato conta detalhes do tratamento de Claudia Rodrigues
Claudia Rodrigues luta há mais de 20 anos contra a esclerose múltipla e conta com o apoio da empresária e amiga Adriane Bonato, que revela como é a vida da atriz hoje em dia
A empresária Adriane Bonato é a grande incentivadora do tratamento de Claudia Rodrigues contra a esclerose múltipla. A atriz foi diagnosticada há mais de 20 anos e teve uma boa evolução em sua qualidade de vida ao mudar hábitos e seguir uma rotina de exercícios. Em live com a jornalista Márcia Piovesan no Instagram, Adriane Bonato contou detalhes do tratamento da atriz. “Ela está ótima, mas tem suas limitações. Não é mais ligada no 220, está no 110“, declarou.
Para começar, ela relembrou do sentimento de Claudia Rodrigues ao descobrir a doença degenerativa e seus primeiros anos depois disso. “Ela tem a esclerose desde 2000, e descobriu em uma peça de teatro, quando começou a amolecer o braço. Acharan que estava tendo um AVC ou um infarto, e ela fez vários exames. Vale destacar que a esclerose só é diagnosticada na ressonância magnética de crânio. Geralmente, quando aparecem os sintomas, eles já fazem o exame com o contraste, que já dá para ver bem as inflamações”, contou.
Bonato começou a trabalhar com a Claudia Rodrigues anos depois, em 2013. “Eu falei para ela que eu tinha algumas exigências: ela tinha que parar de falar palavrão; você vai voltar para Deus; e fazer todas as terapias, todos os tratamentos, tudo o que aparecer você vai ser a cobaia, porque nós precisamos achar a cura. É para vencer a doença”, disse ela, que ainda contou a principal necessidade de quem tem esclerose múltipla: os exercícios físicos.
Os sintomas da doença
“Quem tem esclerose não pode parar. Se você não produz a massa muscular, a esclerose te enfraquece, ela vai tirando a sua musculatura e você não tem forças para andar. E entra um ponto crucial paa quem tem esclerose: a depressão. Em 2000, no auge da carreira, ela descobre a esclerose múltipla, que era um doença que só se sabia que a pessoa definhava, perdia os sentidos e a memória e fica em estado vegetativo. Isso era o que era dito na época“, relembrou.
Assim, Adriane Bonato relembrou que Claudia Rodrigues não começou o tratamento assim que descobriu a doença e teve um surto em 2007. “Ela teve um surto gravando A Diarista. Ela não fez nenhum tratamento de 2000 até 2010“, contou. Então, a empresária contou sobre os sintomas da doença no corpo da atriz, que não tinha forças para se movimentar como deveria.
“O paciente acorda cansado. Ele não tem como fazer um exercício, não tem força, não é fingimento, não é preguiça. É real. Ela só conseguiu sair desse estágio, porque ela fez a cirurgi da célula tronco. Ela não tinha como levantar da cama para fazer uma caminhada. Porque o corpo não respondia. E aí vem o problema, a memória começa a ficar fraca, você não tem força, não tem equilíbrio. Você pensa: o que vai ser da minha vida? E você entra em uma depressão profunda. O paciente não tem esperança, ele só vê degeneração, não existe melhora“, contou.
A melhora na qualidade de vida
“Quando eu comecei a trabalhar com a Claudia, ela estava no limite de entrar em um estado vegetativo. Ela estava usando a cadeira de rodas e só ficava deitada na cama. Ela não andava nem na casa dela“, contou ela, que relembrou do tratamento que deu forças para a recuperação. “O divisor veio do transplante e depois que eu apareci na vida dela e não deixei a peteca cair. A Claudinha tinha dias que, por mais que tivesse o transplante, por mais que tivesse vontade, ela tinha a depressão. Se não tem a mão amiga do lado, não funciona. Tem que ter alguém, e a pessoa não pode ser negativa“.
Desse modo, Claudia Rodrigues começou a reagir e mudou sua rotina e alimentação, que ajudaram a diminuir a inflamação da esclerose múltipla. “A doença está parada porque ela parou de comer coisas que atacam a doença, as inflamações”, disse ela, que oferece uma alimentação com base vegetariana para a atriz, e também sem glúten e lactose. “A Claudia é o milagre vivo de Deus. Ela conseguiu andar, se equilibrar, ter um raciocinio, não perdeu o tempo da comédia“, declarou.
“Ela faz caminhada, faz uma hora de bicicleta ergométrica, faz caligrafia, faz pintura, faz abdominais. Além do exercício e da medicação, é importante ter fé e ter alguém do lado apoiando“, finalizou.
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