Uma fatalidade abalou a cidade de Ibirité, na região metropolitana de Belo Horizonte, na última segunda-feira, 16. Um menino de apenas 2 anos morreu após ingerir, acidentalmente, um produto de limpeza conhecido como limpa-prata. A substância, armazenada em uma garrafa pet, foi confundida com refrigerante durante uma mudança familiar. Em meio ao luto, a família levanta graves acusações contra a equipe médica que prestou os primeiros socorros.
De acordo com Nayara Walker, prima da vítima, o acidente aconteceu de forma repentina. Enquanto a mãe da criança estava fora de casa, a avó cozinhava e o padrasto montava um berço. Nesse breve intervalo, a garrafa com o produto foi deixada sobre uma cama e acabou acessível ao menino. “Em um segundo, no meio da mudança, ele pegou e tomou”, contou Nayara, ainda abalada. O Samu foi acionado e a criança foi levada à UPA de Ibirité, sendo transferida depois para o Hospital João XXIII. Apesar dos esforços, ele sofreu duas paradas cardíacas e não resistiu.
Negligência médica
No entanto, a dor da perda veio acompanhada de indignação. A família acusa o hospital de negligência e afirma que o menino não recebeu atendimento adequado. “Não deram nada a ele. Disseram que estava fora de risco, mas o produto continuou agindo no corpo”, relatou Nayara. Segundo ela, procedimentos simples como a lavagem gástrica não foram realizados. A prefeitura de Ibirité foi procurada para esclarecimentos, mas ainda não se pronunciou sobre a denúncia.
Apesar da tragédia, Nayara decidiu transformar a dor em alerta. Em suas redes sociais, ela fez um apelo emocionado para que pais e responsáveis tenham atenção redobrada com produtos químicos. “Não só crianças, até adultos podem se confundir. Qualquer produto tóxico pode ser fatal”, disse. O caso levanta um alerta sobre a importância do armazenamento seguro de substâncias perigosas, especialmente em ambientes com crianças.







