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Ana Hikari - reprodução - instagram
Ana Hikari – reprodução – instagram

Ana Hikari volta ao ar na novela ‘Quanto Mais Vida, Melhor’ e celebra retorno das gravações após a pandemia        

Ana Hikari está de volta à tela da Globo. A atriz integra o elenco de “Quanto Mais Vida, Melhor!” , a nova novela das 7, escrita por Mauro Wilson e que tem direção artística de Allan Fiterman.

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O folhetim marca o retorno das novelas inéditas na faixa das 19h, uma vez que foi a primeira a ser gravada em estúdio após os altos picos da pandemia provocada pela Covid-19. A trama vai ao ar praticamente toda gravada e estreia nesta segunda-feira, 22/11.

A atriz conversou com o Portal Márcia Piovesan e contou detalhes de sua personagem, Vanda, uma mulher sem muitos amigos, integrante de uma banda que toca na noite carioca. Ana aceitou o desafio do novo trabalho por meio de um convite do produtor de elenco Guilherme Gobbi e do diretor Allan Fiterman.

“Voltar às gravações depois de tanto tempo dentro de casa foi revigorante. Foi um imenso privilégio gravar com segurança diante de tantos protocolos definidos pela Globo foi o que me deixou tranquila para trabalhar”, celebrou ela.

Confira a entrevista completa com Ana Hikari:

Queria que falasse sobre sua personagem em ‘Quanto mais vida melhor’.

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A Vanda é uma garota com uma banda que toca na night da Tijuca. Ela tem poucos amigos, é mais fechada, gosta muito de música e cuida muito da sua amizade com o Murilo. Ele é seu melhor (e talvez único) amigo. Eles moram juntos num loft na Tijuca e, quando a Flávia entra na vida dos dois e na banda também, ela acaba sofrendo as consequências desse triângulo amoroso que vai surgir.

Como surgiu o convite para interpretar a Vanda?

Fui a convite do Guilherme Gobbi e do diretor artístico Allan Fiterman. Eles fizeram uma escalação incrível para o elenco dessa novela. Conseguimos assistir poucas cenas da novela, mas já deu pra ter uma noção do quão acertada foram as escolhas para esse elenco. Estou bem ansiosa pra ver tudo e descobrir como essa orquestra vai tocar junta!

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Nós passamos por um período tenso de isolamento por conta da pandemia da Covid. Qual a sensação de voltar ao set de filmagem? Ficou com medo? Como foi?

Voltar às gravações depois de tanto tempo dentro de casa foi revigorante. Foi um imenso privilégio gravar com segurança diante de tantos protocolos definidos pela Globo foi o que me deixou tranquila para trabalhar. Ficar em casa foi um período ótimo pra mim, mas eu funciono melhor na rua a mil por hora. Claro, nesse momento, ainda mantendo todos os cuidados possíveis e necessários.

Quais os desafios de interpretar a nova personagem?

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Acho que o maior desafio foi o sotaque, eu estudei bastante e fiz preparação com fono e com professora de prosódia para conseguir construir algo menos paulistano e mais próximo do carioquês. Fiquei bem nervosa com isso no início, mas estou torcendo pra ter dado certo.

Qual sua expectativa para estreia?

Grandes expectativas, porque foi um projeto que fizemos nos divertindo muito, com um elenco muito talentoso, com uma equipe de direção extremamente cuidadosa e carinhosa, com uma equipe técnica fantástica que se virou super bem apesar de todos os protocolos de gravar em meio a uma pandemia e com uma história dos 4 personagens que tenho certeza que vai segurar o público. Acho que vai ser uma boa história de se acompanhar!

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Em novembro foi celebrado o Dia Nacional da Imigração Japonesa, você acredita que no Brasil ainda falta consciência de outras identidades raciais? Por quê?

Falta para o Brasil aceitar e enaltecer as diferenças raciais que temos dentro do país. Todo dia é um dia propício para relembrar esse lado relevante da história brasileira que constitui parte do que é o Brasil. Nosso país é composto por uma diversidade étnica inegável. Mas o discurso falacioso da democracia racial faz com que a gente mais apague as identidades diversas do que de fato as inclua como parte da sociedade brasileira.

Acredita que ainda falta representatividade na TV?

Eu acredito, que a falta de representatividade na televisão deveria ser considerada algo trágico e urgente de se questionar e alterar. E isso inclui, sim, a falta de representatividade amarela. Assim como indígena e negra. Eu entendo e vejo avanços, mas acho que a desigualdade é tão grande e foi assim por tanto tempo que ainda estamos muito distantes de um cenário ideal de representatividade. Ainda vemos que a grande maioria dos artistas com destaque nas mídias é branca. Papéis protagonistas são majoritariamente entregues a atrizes e atores brancos. Faltam muitas oportunidades para artistas não brancos. Isso inclui negros, indígenas e asiáticos.

E quando há uma certa “diversidade” na tela, os personagens acabam sendo estereotipados ou estigmatizados. A representatividade precisa mudar em toda a cadeia de produção audiovisual: desde a sala de roteiro, até a produção de elenco  e direção. Só quando houver essa diversidade produzindo os conteúdos que a representatividade na tela vai, de fato, ocorrer.

Entrevista por Raphaela Cunha

Ana Hikari – Divulgação