O documento judicial que determinou a guarda unilateral de Léo, filho de Marília Mendonça com Murilo Huff, revelou detalhes alarmantes sobre a atuação de sua avó, Ruth Moreira, no cuidado do menino. Segundo o juiz da 2ª Vara da Família de Goiânia, Dona Ruth teria adotado uma postura de negligência médica e alienação parental, impondo sérias restrições à convivência do pai com a criança.
O processo descreve que Léo, portador de diabetes tipo 1, dependente de insulina, teve ao menos três episódios em que medicamentos, exames e laudos clínicos foram ocultados. De acordo com áudios e mensagens trocadas entre babás, Ruth orientava frases como “não fala pro Murilo que ele tá tomando antibiótico” e “esconde o remédio”, influenciando diretamente o tratamento da criança. A conduta foi considerada quebra do dever de transparência e cooperação parental.
Além disso, o juiz concluiu que houve alienação parental real. Documentos judicialmente apresentados apontam tentativas sistemáticas de desacreditar a figura paterna diante do menor, sugerindo que o pai era ausente ou incompetente — postura considerada prejudicial ao desenvolvimento emocional de Léo.
Restrições à convivência
Em consequência das constatações, foi determinada a transferência da guarda para Murilo Huff e impostas condições específicas à convivência da avó: encontros quinzenais, de sexta às 18h até domingo às 18h, com horário fixo e ponto de encontro acordado na casa do pai. O mesmo sistema vale para feriados e férias, seguindo um rodízio legal.
Depoimento do marido reforça argumentos
Um dos depoimentos-chave foi de Devyd Fabricio, marido de Dona Ruth, que confirmou existir um clima de antagonismo constante entre a avó e Murilo, reforçando o relato de falta de diálogo e ambiente familiar conflitante
Defesa de Ruth anuncia recurso
Em nota, a defesa de Dona Ruth, liderada por Robson Cunha, contestou a decisão. Alegou que as provas serão apresentadas na fase recursal e que a medida é provisória, “sem base sólida e em desacordo com o histórico de convivência consolidado”. Segundo o advogado, Ruth sempre prestou cuidados adequados ao neto e as acusações são desprovidas de fundamentos.
O que vem a seguir
O processo segue sob segredo de Justiça, com abertura de prazo para defesa e produção de provas adicionais. A guarda unilateral pode ser revista caso a defesa apresente elementos que revertam as alegações, especialmente no que diz respeito à transparência no cuidado do menino. Em paralelo, uma eventual prestação de contas patrimonial também pode ser requerimento estratégico de Murilo Huff, embora seja tema de outra demanda.







