O menino Yhudy, de 14 anos, filho de Mileide Mihaile e Wesley Safadão, passou por uma cirurgia de emergência em São Paulo após a descoberta de um granuloma eosinófilo no osso parietal do crânio. A condição, considerada rara, chamou a atenção do público, e o neurocirurgião Dr. Afonso Aragão esclareceu detalhes sobre a doença.
O que é o granuloma eosinófilo?
“O granuloma eosinófilo é um tumor benigno que surge a partir de células chamadas histiócitos. Ele pode acometer diversos ossos do corpo e, quando aparece no crânio, pode afetar o osso parietal, localizado acima da orelha. Na prática, ele forma uma lesão que geralmente causa dor ou inchaço no local”, explicou o especialista.
Esse tipo de tumor é grave?
Segundo o neurocirurgião, na maioria das vezes a condição não representa risco elevado. “Esse tumor geralmente é uma lesão única, bem delimitada, que causa uma cavidade no osso, conhecida como lesão lítica. Diferentemente dos tumores malignos, o granuloma eosinófilo costuma ser localizado e apresentar uma evolução lenta”, pontuou.
Ele ainda acrescentou: “O granuloma eosinófilo é considerado um tumor benigno e não tem tendência a se espalhar como o câncer. No entanto, requer acompanhamento médico, pois pode crescer, causar dor, deformidade óssea ou, se avançar para dentro do crânio, gerar sintomas neurológicos.”
Quais são os sintomas?
Os sinais que podem levantar suspeita incluem dor localizada, presença de um caroço ou inchaço em uma região da cabeça e, em alguns casos, sensibilidade aumentada ao toque.
De acordo com o Dr. Aragão, “o diagnóstico começa pela avaliação clínica do paciente, seguida de exames de imagem para identificar a alteração óssea. Na maioria das vezes, são utilizados tomografia computadorizada e ressonância magnética. Em alguns casos, é necessário retirar parte da lesão para biópsia, sendo comum a retirada completa para confirmar o diagnóstico.”
Quando a cirurgia é indicada, o procedimento envolve não só a retirada do granuloma, mas também a reconstrução da área: “Realiza-se a retirada completa do granuloma eosinófilo e a reconstrução do osso, frequentemente utilizando cimento ósseo para restaurar a estética e a função.”




