Especialista diz que esse tipo de câncer pode ser hereditário ou esporádico, afetando crianças abaixo de 5 anos
O jornalista Tiago Leifert tem uma filha de três anos diagnosticada com retinoblastoma. Para alertar outros pais sobre a doença, ele e a esposa participaram de campanhas educativas sobre o tema. Na próxima quarta-feira, 18 de setembro, é o Dia Nacional de Conscientização e Incentivo ao Diagnóstico Precoce do Retinoblastoma.
Segundo o Ministério da Saúde, a doença é um tumor maligno raro originário das células da retina (parte do olho responsável pela visão) afetando um ou ambos os olhos. É o tumor primário mais comum no olho de crianças e tende a ocorrer no início da infância ou em lactentes e pode estar presente ao nascimento.
A oncopediatra Mariana Dórea (CRM-BA 23.959) aponta que pacientes com estrabismo e leucocoria, devem ser levados ao oftalmologista imediatamente. “Nas fotografias, os pais podem notar um reflexo branco no lugar do reflexo vermelho, sendo esse um importante fator de alerta. É essencial que o diagnóstico seja feito o mais rápido possível, melhorando assim as chances de cura. O primeiro exame a ser solicitado é o fundo de olho e RNM das órbitas”, explica.
Conforme a especialista, o tratamento depende do estágio do retinoblastoma, podendo ir desde quimioterapia intra-arterial à quimioterapia venosa, crioterapia e enucleação (retirada cirúrgica do globo ocular). Ela ressalta também que o teste do olhinho, conhecido como teste do reflexo vermelho (TRV), é de extrema importância, ao detectar precocemente doenças que prejudicam a visão das crianças.
O Ministério da Saúde acrescenta que o teste do olhinho deve ser realizado logo após o nascimento do bebê e periodicamente até os cinco anos, faixa etária mais atingida pela doença. O teste é simples e ajuda a detectar qualquer alteração visual, levantando a suspeita da existência de um tumor, que pode ser confirmado pelo exame de fundo de olho.