Dr. Rogério Vargas alerta para riscos da escoliose e relata caso de sucesso após cirurgia corretiva

Dr. Rogério Vargas, especialista em coluna, alerta para a importância do diagnóstico precoce e do tratamento adequado da escoliose, que pode evoluir para complicações graves se não acompanhada corretamente.

O Dr. Rogério Vargas, especialista em coluna vertebral, tem se dedicado a conscientizar a população sobre a escoliose — uma condição que pode comprometer seriamente a qualidade de vida quando não tratada de forma adequada. Recentemente, ele compartilhou o caso de uma paciente de 34 anos, portadora de escoliose idiopática com curva torácica rígida à direita, que passou por cirurgia corretiva com artrodese entre as vértebras T5 e L4. A recuperação, segundo ele, está evoluindo positivamente 27 dias após o procedimento.

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“A escoliose é uma deformidade lateral da coluna de pelo menos 10 graus e geralmente vem acompanhada de rotação do tronco, formando o que chamamos de coluna em ‘S’ ou em ‘C’”, explica o médico. A condição pode ser classificada de acordo com a angulação da curvatura, medida pelo chamado ângulo de Cobb: abaixo de 20 graus é considerada leve, entre 20 e 40 graus moderada e acima de 40 graus, avançada.
Apesar de existirem diversos tipos, a forma mais comum é a escoliose idiopática, cuja causa permanece desconhecida. Ela costuma se manifestar com mais frequência em meninas entre 11 e 14 anos, especialmente no período que antecede a primeira menstruação.

“Pode ter início antes da puberdade, quando não há sinais de desenvolvimento de caracteres sexuais secundários como: pilosidade pubiana e axilar, broto mamário e estirão do crescimento”, orienta Vargas.

O diagnóstico precoce é fundamental para evitar complicações futuras. Em estágios mais avançados, a escoliose pode restringir a capacidade cardiorrespiratória, causar dores crônicas e até comprometimento neurológico.

Quanto ao tratamento, ele varia conforme a gravidade da curva. Em casos leves, exercícios e fisioterapia costumam ser suficientes. Já as curvas moderadas podem exigir o uso de coletes ortopédicos. Nos quadros mais severos, como o da paciente citada pelo especialista, a intervenção cirúrgica se torna necessária, para evitar complicações.

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“Pode haver a diminuição da capacidade Cárdio respiratória por restrição da caixa torácica, o que pode levar a doença degenerativa da coluna lombar, causando dor. Pode comprimir os elementos neurais e causar comprometimento neurológico. Estas complicações ocorrem a longo prazo, com o envelhecimento e principalmente nas curvas de maior grau angular (>40 graus)”, explica Dr. Rogério Vargas.

Desta forma, o acompanhamento atento por parte dos familiares, observando sinais como assimetrias na postura e nas costas, pode ser determinante para um diagnóstico precoce e eficaz. “Os familiares podem observar assimetria da cintura e ombros, ou assimetria das mamas nas meninas. Em alguns casos pode se observar a presença de uma gibosidade assimétrica nas costas. Importante levar para uma avaliação do especialista.” O relato da paciente operada é mais um exemplo do impacto positivo que o diagnóstico e o tratamento adequado da escoliose podem proporcionar.

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