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Tais Araújo diz que se preocupou com Titi após Giovanna Ewbank adotar a menina

Tais Araújo relembra quando descobriu da adoção de Titi e diz que se preocupou com a pequena: ‘O que vai ser dessa menina?’

Taís Araujo - Créditos: Reprodução/ Instagram
Taís Araujo – Créditos: Reprodução/ Instagram

A atriz Giovanna Ewbank contou como começou sua amizade com Taís Araújo. Giovanna afirma que recebeu uma ligação de Taís logo quando sua filha Titi chegou no Brasil.

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“A nossa relação começou assim que a Titi chegou no Brasil e você me ligou. A gente nunca tinha se falado. E você me falou: ‘estou muito feliz com a sua maternidade e disponível para conversar sobre o que quiser. Conte comigo para o que você precisar. Agora você faz parte de nós”, disse.

Ewbank disse que no início não sabia que o racismo era tão presente na vida dos brasileiros, especialmente com aqueles com boas condições. “Eu não tinha noção. Você me contou que estou em uma escola particular e sempre viu mulheres pretas em posição de servir. E precisava de uma professora preta para se ver. E me pediu para que eu tivesse essa visão na hora de escolher o colégio da minha filha. Isso para mim foi de uma importância. Foi um parâmetro que comecei a ver a partir daí”, afirmou Ewbank.

Taís contou que a pequena sofreria preconceito quando descobriu da adoção do casal. “Eu pensei: caramba, o que vai ser de uma menina negra, africana, criada por dois brancos dos olhos azuis em que o mundo está a serviço deles? O seu tipo físico e o do Bruno Gagliasso é o que tem mais passabilidade, é a perfeição. O que seria dessa menina? A Giovanna não sabia da missa a metade. Não fazia a mais vaga ideia. Ela foi movida pelo amor, o que foi legítimo”, afirmou ela.

E seguiu. “Ela vai ter acesso a vários lugares, a comprar muita coisa, mas ao mesmo tempo é uma solidão. Na escola, está implícito que o lugar de pessoas parecidas com você não é ali no banco. Você se sente inadequado”, disparou.

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Por fim, Taís relembra sua época de escola e o racismo que sofria. “Na minha escola, você contava durante muito tempo nos dedos de uma mão só quantos negros tinha. Eles me chamavam de negralhaça. Quando chegou outra menina negra na minha sala, eles falaram que não queriam. Me colocaram para competir com ela. Como se eu fosse maneira, podia passar, mas ela não. Essa era a Barra da Tijuca nos anos 90. Por isso eu pensei na Titi. Será que ela ia ter pessoas negras em volta dela?”, declarou.

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