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Filho caçula de Maguila relata luta contra preconceitos: ‘É o que eu sou’

Junior Ahzura, filho caçula de Maguila, relembra situações em que foi vítima de preconceitos por conta de sua cor, corpo e sexualidade

Maguila e o filho, Junior Ahzura. Reprodução/Instagram
Maguila e o filho, Junior Ahzura. Reprodução/Instagram

Filho mais novo de Adilson Maguila, Junior Ahzura luta contra racismo, gordofobia e homofobia, usando as redes sociais a seu favor. No podcast Gordosfera, o jovem revelou que a primeira vez que se viu como alvo de preconceito foi na pré-escola. No relato, ele destaca o quanto o apoio da família foi essencial para enfrentar esses momentos.

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“Eu já nasci grande. Sou filho de uma mulher branca relativamente alta. Meu pai, um homem negro de 1, 88m, com porte físico largo. Todo mundo esperava um bebezão. E eu fui muito bem acolhido nessa família. Já havia pessoas gordas”, iniciou.

E completou: “Na pré-escola tive o primeiro caso, eu estava no prézinho e começaram a me chamar de baleia. E eu fiquei muito chateado porque ninguém tinha me chamado assim antes. Foi a primeira vez. Naquele momento eu tive uma leve compreensão e pensei: ‘caramba, sou gordo, sou uma baleia’. Minha mãe viu que eu estava triste e em casa eu contei. Ela só me falou: ‘Você é gordo e isso não é um problema’. A partir dali, passei a não ligar para quem me chamava de gordo. É o que eu sou e não tenho que trazer isso para uma ofensa”.

Privilégios

Ainda mais, no podcast, o filho de Maguila contou que, por causa do sucesso do pai, teve uma vida com privilégios. No entanto, ele revelou que por conta de sua cor e ciclo de amizades, acabou sofrendo preconceitos na instituição na qual estudou na fase adulta.

“Estudei numa universidade tradicional, dentro de uma aristocracia imensa em São Paulo e no meu grupo de amigos tinha muitos bolsistas do Prouni. Uma vez, um colega veio me questionar se eu era bolsista. Eu disse que não e quis saber o por quê da pergunta. Ele disse que, como meus amigos eram da periferia, e eram bolsistas que eu também poderia ser. Mas insisti na pergunta. Aí ele falou: ‘É só olhar pra você, seu cabelo é duro'”, contou.

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