Ícone do site

Está mal? Psicóloga analisa conduta de Maria Alice, filha de Virginia

Published 23/05/2025
Virginia Fonseca e Maria Alice - Reprodução/Instagram

Virginia Fonseca e Maria Alice - Reprodução/Instagram

Maria Alice, de apenas 3 anos, filha do casal Virginia Fonseca e Zé Felipe, começou uma nova atividade cheia de entusiasmo: o futebol. Após ter tido contato com o karatê e a equitação, agora ela parte para os campos. A dúvida que muitos ainda levantam é: será que ainda faz sentido rotular isso como ‘coisa de menino’?

Para explorar como essa iniciativa pode influenciar o desenvolvimento infantil, a CARAS Brasil entrevistou a psicóloga Leticia de Oliveira, que compartilhou reflexões valiosas sobre gênero, educação e liberdade durante a infância.

De acordo com Leticia, o fato de Maria Alice se interessar por práticas geralmente associadas ao universo masculino representa algo muito positivo – tanto para a própria criança quanto para seus pais.

“É muito positiva tanto a decisão da Maria Alice quanto o apoio dos pais em permitir que a criança seja criança, que ela possa se expressar e construir sua identidade livremente”, garante Leticia.

Ela observa que as normas sociais mudaram bastante, e que aquela antiga rigidez que vinculava esportes ou cores a determinados gêneros já perdeu o sentido.

“Hoje temos uma liberdade muito maior para praticar esportes ou escolher cores que antes eram rigidamente associadas ao masculino ou feminino. Isso não interfere em nada na feminilidade ou masculinidade da criança”, reforça.

A especialista também aponta que muitos pais ainda carregam receios ultrapassados, como a preocupação de que certas preferências revelem algo sobre a identidade de gênero dos filhos. Para ela, o essencial é lembrar que a infância é um período de descobertas e experimentações.

“Assim como achamos natural quando a criança diz que quer ser bombeiro ou pipoqueiro, também devemos permitir que ela experimente diferentes atividades e vá descobrindo suas preferências ao longo dessas vivências”, afirma.

Segundo Leticia, dar espaço para que a criança explore seus interesses, mesmo que saiam do convencional, traz benefícios concretos para o seu amadurecimento emocional.

Essas escolhas contribuem ou atrapalham o desenvolvimento?
Para a psicóloga, quando a criança mantém suas decisões mesmo diante de críticas, ela desenvolve habilidades importantes como a autoconfiança e a resiliência.

“Toda vez que nos expomos a algo fora do que é considerado tradicional, desenvolvemos resiliência e fortalecemos a autoestima”, explica. “Essa postura fortalece tanto a autoestima quanto a capacidade de lidar com desafios”, completa.

E qual seria o papel dos pais nesse contexto?
Leticia enfatiza que os responsáveis devem guiar os filhos com base em princípios, mas também precisam reconhecer o momento de oferecer autonomia.

“Os pais devem orientar os filhos em aspectos como educação e valores culturais. Mas quando se trata de esporte, fantasias ou profissões com as quais a criança sonha, essas vivências devem ser mais lúdicas e livres”, comenta.

Ela também faz um alerta importante: embora haja progresso, a sociedade ainda impõe muitos limites e julgamentos.

“Infelizmente, a própria sociedade impõe julgamentos e preconceitos. Quando os pais entendem que essas experiências fazem parte do desenvolvimento, fortalecem tanto a autonomia da criança quanto sua própria segurança como educadores”, conclui.

Por que o preconceito ainda persiste?
Para encerrar, a psicóloga lembra que o diferente ainda incomoda muitas pessoas. “Ainda vivemos em uma sociedade bastante preconceituosa, que tende a ver tudo em termos de certo e errado, bom e ruim. Reconhecer que há nuances entre esses extremos é um passo importante para a evolução social”, diz.

Veja:

Lia também: Grávida, suposta amante de Neymar pode ter filho na cadeia? Entenda o caso

Sair da versão mobile