Ângela Vieira entrou em Bom Sucesso para fazer uma participação de quatro a seis blocos de capítulos. Mas, o personagem agradou tanto que os autores acabaram desenvolvendo a história da Vera. Ela ganhou importância para a trama e ficou até o final. E a atriz não se cansa de comemorar o trabalho. Afinal, para ela, Bom Sucesso é uma novela deliciosa de se ver e de se ler (os capítulos). “É uma novela diferenciada”. O Portal Márcia Piovesan conversou com a atriz, que fez uma rápida avaliação do trabalho:
Portal Márcia Piovesan: Você entrou em Bom Sucesso para uma participação, mas a personagem fez o maior sucesso e ficou até o fim. Que balanço você faz dessa experiência?
ÂNGELA VIEIRA – Entrei exatamente na metade da novela. Não parece, né? Porque passou tão rápido… Entrei pra fazer de quatro a seis blocos [de capítulos] e a personagem acabou ficando até o fim. Foi uma alegria, porque eu acompanhava a novela antes disso. Realmente é uma novela diferenciada, ela tem um mote fantástico, que é a literatura. Isso me chamou a atenção, e depois eu fui acompanhando a novela e vendo que tinha muita coisa além disso. Um elenco extremamente coeso, uma direção precisa, um texto maravilhoso… Então, quando os autores [Paulo Halm e Rosane Svartman] me falaram que eu ia ficar até o fim, eu fiquei muito feliz, porque a Vera é uma personagem muito gostosa não só de fazer, mas também de ler.
Como o público reagiu, principalmente pelas redes sociais?
Eu uso muito pouco as redes sociais, mas, no pouco que eu usei, as mensagens que chegaram até mim falando sobre a personagem eram sempre muito legais, muitos positivas, vindas de pessoas – mulheres principalmente – que se identificavam com uma mulher madura que partiu pra uma vida completamente diferente. Tentou reconquistar o mercado de trabalho, conseguiu – meio que aos trancos e barrancos, pedindo ajuda ao neto… [risos] Que é o que muitas vezes eu, Ângela, faço também: peço ajuda aos mais jovens. Até porque eu não sou uma pessoa que domina as redes sociais. .
Como foi a troca com o Gabriel Contente, que vive seu neto na trama, também comentou a respeito dessas cenas de ‘parceria’ entre a Vera e o Vicente…
Ah, que bom (risos)! Porque às vezes a gente faz perguntas absurdas, né? Beira quase a total ignorância (risos). Mas são perguntas que para nós são importantes, porque nós somos realmente – muitas pessoas são – ignorantes nas redes sociais. E essa relação com o Gabriel, que é um ator maravilhoso, foi muito legal. A gente teve a oportunidade de falar textos muito interessantes e trocarmos muitas ideias antes de começarmos a gravar. E o resultado foi muito bom, pelo que eu senti e pelo que o público retornou.
Alguns dos momentos mais interessantes da Vera foram as reações dela a essa linguagem das redes sociais. Como é a sua relação com esse tipo de linguagem e de tecnologia?
Quase como a da Vera (risos). Vou aprendendo à medida em que a necessidade vai se fazendo. Mas eu também não sou muito escrava das redes sociais, ou mesmo do celular. Em vários momentos do dia, ele fica ali quietinho. Depois eu vou ver mensagem, entro nas redes, vejo notícias, etc. Mas a minha relação com as redes sociais é uma relação bem calma.
Qual o final que você gostaria que a Vera tivesse?
Eu sempre disse que o que eu não gostaria que a Vera tivesse que passar era voltar para o seu antigo casamento, porque seria uma incoerência. Ela deu um pontapé inicial de um jogo que não tem volta, não tem outra regra. Ela teve que segurar essa onda, e em momento nenhum se sentiu na dúvida. É coerente que a Vera continue nesse tipo de vida, com ou sem o Alberto.
Quais são seus planos para depois da novela?
Eu vou ter uma semana de férias, porque, com essa mudança nos planos, que me fez ficar até o fim da novela, eu tive que adiar uma estreia (no teatro), que seria em março. Então, vou estrear dia 3 de abril um espetáculo que eu começo a ensaiar no dia 3 de fevereiro. Não vou ter muitas férias não. Vou praticamente emendar um projeto no outro.