Mercado Municipal de São Paulo é recriado em novela da Record TV
São 875 m² construídos em estúdio para personagens de ‘Amor Sem Igual’ circularem

São 875 m² construídos em estúdio para personagens de ‘Amor Sem Igual’ circularem
Muitas cenas de Amor Sem Igual , novela da Record TV, é ambientada no Mercado Municipal de São Paulo. Só que os atores e atrizes não precisam viajar para a capital paulista na hora de gravar as cenas. É que grande parte dessas imagens é gravada nos estúdios, onde um cenário de 875 metros quadrados foi construído no polo de filmagens da produtora Casablanca, localizado em Vargem Grande, zona oeste do Rio.
Na história, o agrônomo Miguel (Rafael Sardão) trabalha ao lado de seu grande amigo, Oxente (Ernani Moraes), em um boxe de verduras localizado no mercadão agrícola mais famoso de São Paulo. A protagonista Poderosa, vivida pela atriz Day Mesquita, também transita pelo Mercado Municipal durante diversos momentos da história. Outros personagens possuem o centro comercial como pano de fundo de suas tramas, como Luiggi (Eduardo Lago), Serena (Kika Kalache), e os asiáticos Chang (Jui Huang) e Takashi (Carlos Takeshi).
Construído no estúdio D, o cenário de quase 900 m² é dividido em dois setores: a parte dos boxes e a área dos mezaninos, com restaurantes e cozinha.
Fabiana Massariol é a cenógrafa responsável pela reprodução do Mercadão de São Paulo no complexo de gravação e explica: “Totalizamos 90 dias para colocar o mercadão completo e pronto para a gravação. Neste prazo fizemos a pesquisa, criação, projeto, orçamento, construção, produção e decoração. Foram mais de 100 pessoas trabalhando diretamente. No total foram 875 m² de construção divididos em 21 boxes, três restaurantes e uma cozinha industrial”.
Para garantir a veracidade do cenário em relação ao local original, Fabiana Massariol revela os cuidados: “Fizemos réplicas de partes importantes do mercadão para trazer a veracidade da locação como os azulejos que cobrem as paredes e que há muito tempo não são comercializados, nem em tamanho e nem em cor. Outro ponto importante foi recriar o piso e o vitral do mezanino. A base da construção foi madeira e ferro, mas o diferencial do cenário é que quase todos os revestimentos são verdadeiros, algo que já exploramos em nossos cenários há alguns anos”.
Todos os produtos comercializados no mercadão de São Paulo como frutas, verduras, cereais, carnes, temperos e queijos também foram reproduzidos, cenograficamente, pela equipe de arte da novela. Alexandre Farias, diretor de arte, ressalta: “Levamos dois meses para fabricar tudo. Montamos todo o mercadão com insumos cenográficos, carnes, peixes, frutas, presuntos, queijos e etc. A barraca do Miguel é a única verdadeira, com legumes e verduras de verdade. Temos em cada boxe uma infinidade de tipos diferentes e unidades para serem feitas, por exemplo, no boxe de Oxente temos mais de 700 queijos cenográficos entre provolones, curados e manteigas de garrafa. Temos mais de mil unidades de pimentas de mentira para a barraca das pimentas. Foram mais de 50 peças reproduzidas de carnes para o boxe do açougue. Já nos restaurantes do mezanino, usamos sempre comidas de verdade, feitas diariamente”.
O diretor geral da novela, Rudi Lagemann, conhecido como Foguinho, explica a necessidade da reprodução do cenário em estúdio: “Os estúdios são no Rio e fazemos o máximo possível das externas em São Paulo, em lugares bem simbólicos para a trama, como o Mercadão. A gente tem um pedaço do Mercadão no Rio, em estúdio, pois no local original não conseguiríamos já que existem regras de funcionamento, para não atrapalhar os próprios comerciantes.”
A autora da trama, Cristianne Fridman, conta que nunca esteve no mercadão verdadeiro e revela que sua criação foi baseada em pesquisas.