A dançarina Moranguinho ficou emocionada ao contar que seu filho, Victor Cardoso, quase morreu em uma crise de hipoglicemia
Em A Fazenda 14, Moranguinho se emocionou e contou para Iran Malfitano e Pelé Milflows que seu filho, Victor Cardoso, é diabético e quase morreu após uma crise de hipoglicemia.
“O meu filho ficou muito doente e a gente descobriu que ele estava diabético. E a diabetes dele é tipo 1, então não tem ‘comprimidinho’. É uso de insulina, o pâncreas para de funcionar. E a adaptação foi bem difícil, porque ele desmaiava, ficava desorientado, acordava perdido. Com 16 anos”, começou a peoa.
Ela continuou: “Ele já trabalhava. Aí ele levantava pra trabalhar e colocava um pé de tênis, o outro só de meia. A cueca por cima da calça. Totalmente desorientado. E, às vezes, minha mãe perguntava: ‘Você está bem?’. E ele respondia: ‘Tô, vó. Estou bem’. Mas a minha mãe via no olhar dele que ele não estava bem. Só que ele não estava percebendo que não estava bem. E aí ela só escutava o baque. Ele caía igual um pedaço de madeira. Um dia ele caiu na parede, se ralou todo, ficou todo machucado”.
Moranguinho, então, cedeu às lágrimas, enquanto falava: “Um garoto de 16 anos que quer comer fast food, milk shake e não podia mais comer nada. Tirou tudo. Ele não podia comer nem ketchup, nem mostarda, nem molho de tomate. Quase tudo que você imaginar tem açúcar. Ele emagreceu. Nossa, foi muito difícil. Aí ele foi ficando melhor, foi se adaptando. Hoje, graças a Deus, é muito tranquilo. Já tem oito anos”.
Ela detalhou: “Ele fura os dedos pra comer, usa insulina três a quatro vezes por dia. Ele já conhece os sintomas de quando [a glicose] está alta, quando está baixa. A barriga dele é toda cheia de nódulo, porque ele aplica [insulina] na barriga ou na perna”.
Pelé e Iran se mostraram chocados. O rapper perguntou: “E aí não pode fazer muito esforço, né?”. “Não, ele malha… Ele tem uma vida normal. Ele só precisa ter muito cuidado com alimentação”, afirmou Moranguinho, antes de contar sobre quando Victor teve uma crise de hipoglicemia na faculdade.
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“Um dia, meu telefone toca. Era a minha irmã, desesperada. Ela falou: ‘Corre pro hospital, porque o Victor foi levado pra lá’. Ele se sentiu mal e apagou, deitado, em cima da mesa. O professor achou que ele estivesse dormindo, os amigos também. Terminou a aula, o professor chamou e ele não respondeu à chamada. O amigo cutucou e ele não respondeu. Aí o amigo falou: ‘Professor, eu acho que alguma coisa aconteceu com o Victor'”, relatou a dançarina, emocionada.
“E as pessoas não sabiam [que ele era diabético]?”, questionou Iran, surpreso. Moranguinho negou: “Ele nunca falou pra ninguém na faculdade, com vergonha. E sabe o que acontece? Um garoto novo, quando tem esse tipo de situação, o que as pessoas acham que é? Droga”.
“Por isso que precisam saber. Chega pro coordenador e fala: ‘Sou diabético tipo 1. Se eu passar mal, eu preciso ser socorrido'”, disse Iran, indignado.
A peoa continuou: “Eles acharam que ele estava tendo uma overdose. A sorte é que a faculdade tem uma p*ta estrutura, ambulância, paramédico, tudo. Já começaram a fazer massagem cardíaca nele. Nisso, uma pessoa abriu a bolsa dele e viu a insulina. Ali a enfermeira colocou glicose na boca dele, colocaram ele na ambulância e levaram pro hospital”.
“Quando chegou no hospital, a glicose dele estava em quatro. O médico falou: ‘Mais um minuto e ele entrava em coma’. Eu fiquei em pânico. Ele com o olho virado, boca roxa, xixi na roupa. Já tinha perdido todos os sentidos. Quase perdi meu filho. E sabe por quê? Ele malhou e, quando saiu da academia, não comeu carboidrato. Então [o nível de açúcar no sangue] baixou muito, ele teve uma hipoglicemia. E, para um diabético, que [a glicose] está sempre alta, quando cai, é o pior. E ele ainda não sabia reconhecer esse sintoma”, finalizou Moranguinho.
