Um dos maiores mistérios da teledramaturgia brasileira voltou a ser assunto com o remake de ‘Vale Tudo’, mas a pergunta que não sai da cabeça do público é a mesma de 1988: quem matou Odete Roitman? Na versão original, exibida há mais de 30 anos, o assassinato da vilã interpretada por Beatriz Segall teve uma reviravolta surpreendente — e o motivo foi um erro trágico.
Diferentemente da nova adaptação, em que vários personagens surgem como possíveis assassinos, Odete foi morta por engano na primeira versão. A responsável pelo crime foi Leila (Cássia Kis), movida pela raiva e pelo ciúme após descobrir as traições do marido, Marco Aurélio (Reginaldo Faria). Tomada pela fúria, ela decide ir até o apartamento onde o empresário se encontrava com a amante, Maria de Fátima (Gloria Pires), disposta a se vingar.
Ao chegar ao local, Leila encontra uma arma e ameaça atirar no marido, mas o pior acontece. Quando escuta alguém se aproximando de um dos cômodos, ela acredita que é a amante e dispara várias vezes. O que Leila não imaginava é que quem estava entrando era justamente Odete Roitman, que havia ido ao apartamento por motivos de negócios. O resultado foi um dos desfechos mais impactantes da televisão, transformando a cena em um verdadeiro marco cultural no Brasil.
No final, Leila não é punida pelo assassinato. Ao lado de Marco Aurélio e do filho, Bruno (Danton Mello), ela foge do país, encerrando a trama com um toque amargo e irônico — bem ao estilo de Vale Tudo. A sequência, exibida em janeiro de 1989, entrou para a história da TV e até hoje é lembrada como um dos maiores momentos da teledramaturgia nacional.







