Publicidade
Evandro Santo
Evandro Santo | Foto: Reprodução/Playplus

O processo movido por Evandro Santo contra seus agressores deu um novo passo. A juíza do caso chegou a um veredito após ouvir as partes e analisar o processo. De acordo com a sentença proferida, os agressores terão que pagar R$ 60 mil ao humorista por danos morais.

Publicidade

“Sendo assim, levando em conta (i) o caráter punitivo aos agressores em relação a sua reincidência em crimes de violência; (ii) a agressão ter sido praticada em razão da orientação sexual do autor; (iii) o padrão de vida dos autores da agressão e do autor da ação, (iv) a fama em todo território nacional que o ator possui, requer-se a fixação dos danos morais em R$ 30.000,00 para cada requerido, totalizando o montante de R$ 60.000,00 a serem corrigidos monetariamente desde a data do evento e com juros a partir da citação”, proferiu a magistrada.

O processo correu em primeira instância e os réus podem recorrer.

Relembre o caso:

Em meados de outubro, Evandro foi agredido após um show. Um rapaz proferiu um soco em Evandro, ao lado de seu pai, que dizia palavras como: “você envergonhou nossa família perante toda a cidade!” e “honrasse as calças que ele vestia”, incitando a agressão.

Publicidade

Evandro usou suas redes sociais posteriormente para falar sobre o caso.

“Esta não é uma foto bonita e nem legal. Esta foto mostra o quanto devemos ter cuidado com pessoas com aparência “normal”, porque o ódio e a homofobia não tem cara. Viemos ontem fazer nosso show em Marília, na @aguadocemarilia um local que nos recebeu super bem, com todo o carinho e respeito e profissionalismo, do começo ao fim. Como todos que viram já o meu show, ele é interativo e as pessoas sobem no palco e dão risadas e sobem porque querem. Quem não quer não sobe. O show transcorria super bem, até que chega a hora do “Tinder humano” e todos os meus amigos da comédia sabe que funciona. Quando pedi um rapaz solteiro, na hora um rapaz chamado Pedro, se prontificou a subir para fazer o Tinder com outra moça que sempre pode acabar em um “beijo” ou “selinho”. Ele super aceitou bem, fez o Tinder, ganhou um selinho meu, deu risada assim como a moça ganhou um meu e deu risada. Saiu do palco de boa, o público que era muito educado, participativo e carinhoso pediu para eu ficar mais, agradecemos a cada, a #jovempanmarilia, pedi dez minutos para descansar e depois como sempre tirar as fotos. Saí, fui no banheiro, e quando saí, um rapaz falou: “ O Pedro está vindo ao banheiro”. E eu: uai, e daí. Quando saí do banheiro do nada, o cara apareceu, o mesmo que participou por vontade própria e me deu um baita soco na boca, no qual obviamente eu não reagi. Tanto a boca quanto ao nariz sangraram. Na hora virou um tumulto no banheiro, gente separando o cara, um cara ficou puto e disse para o pai dele: Você trouxe o seu filho para fazer isto com o artista? Chegou uma moça super prestativa e fizeram um paredão para eu sair. Saí tão passado que fui direto para o hotel. Não apanho desde os 13 anos de idade, por qualquer motivo. Acordei péssimo pensando em deixar pra lá e ir logo para casa. Mas não. Vou na delegacia fazer o B.0 e vou fazer todos os processos possíveis do mundo por agressão, homofobia e covardia. Por que o cara não me bateu no palco? Por que esperou eu ir no banheiro e estar sozinho? Deve ser algum poderoso da cidade? Pode ser. Mas sou figura pública é isto poderia acontecer com qualquer amigo meu da comédia. Gente, quem não curte comédia ou humor, não frequentem shows

Em uma publicação mais recente, o artista voltou a falar sobre a situação e o agressor. “Não frequentem comédias, enfim. Fiquei sabendo agora que ele acabou de sair de uma clínica de reabilitação. Isto não é desculpa. Conheço um monte de dependentes ou ex dependentes que não agridem ninguém. Cabia então alguém da família cuidar do moço, não deixar ele subir no palco ou participar devido a sua suposta saúde mental. Alguém vai responder sobre este crime real. Eu sei que vai ter um monte de haters falando “bem feito”, Vc isto ou aquilo. São só pessoas falando na Internet. Este sim é um verdadeiro HATER o que agride as pessoas. Não quero saber. Vou até o fim com todos os processos possíveis. Em nome do respeito ao próximo, a não violência do próximo e a anti homofobia. Vou agora na delegacia e vou atrás dos meus direitos. Enfim, vida que segue. Evandro Santo.”, concluiu.

Publicidade