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Ana Maria Braga chora muito em homenagem ao vivo para Tom Veiga, o Louro José

Ana Maria Braga faz seu primeiro programa sem Louro José: ‘Levantei agora de manhã e fiquei pensando como que eu ia conseguir chegar aqui e falar bom dia para vocês’

Ana Maria Braga
Ana Maria Braga – Crédito: Reprodução / Globo

A apresentadora Ana Maria Braga não conseguiu segurar a emoção em seu primeiro programa sem a presença de Tom Veiga, que interpretou o Louro José por mais de 20 anos. Na manhã desta segunda-feira, 02/11, ela chorou bastante ao se despedir do amigo em um dia de homenagens.

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Logo na abertura do programa, Ana Maria Braga fez um longo depoimento sobre a despedida repentina, com muitos elogios para Tom Veiga e momentos dos bastidores do programa. Ana contou que os dois era muito próximos, nunca brigaram e até eram confidentes.

Confira o depoimento de Ana Maria:

“Hoje é segunda-feira, dia 2 de novembro, dia de finados. E eu aqui, dizendo para você que nóss da família Louro, estamos de luto, porque o Louro é uma ironia mesmo, ter ido na véspera de finados. É um filho amado, tido do meu lado nos últimos 25 anos, que deu vida a uma ideia. Como é importante na vida você ter ideias e de repente essa ideia se transformar em uma realidade. Hoje eu não estou perdendo só o Tom, estou perdendo o Tom, um grande amigo, um menino que a gente nunca discutiu, nunca brigou, e com ele se foi junto o meu filho, que eu sempre considerei assim, o Louro e o Tom”, disse ela com a voz embargada.

“Levantei agora de manhã e fiquei pensando como que eu ia conseguir chegar aqui e falar bom dia para vocês, porque dói muito. É de verdade, assim como uma mãe que perde um filho, um companheiro, porque vira pra gente um companheiro que está junto, que a gente tenha visto nascer. Por mais que a direção da casa estivesse preocupada comigo estar aqui hoje, eu não poderia deixar de estar aqui e deixar todos que amam o Louro estar aqui sem essa homenagem”, contou. 

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“A gente teve aqui na sexta-feira com o quadro de solteiros e falamos bom final de semana e até segunda. Ele fazia parte da semana no Rio e parte da semana aqui em São Paulo. Hoje ele estaria aqui, nessa bancada, eu pedi que a bancada estivesse aqui, mesmo ele não estando. Ontem a tarde quando ele não veio, nós estranhamos, porque ele iria embarcar para São Paulo, e não veio. Os amigos mais próximos dele foram até a casa dele, e já o encontraram sem vida. Eu recebi a notícia logo em seguida, na verdade, eu não consegui. Acho que toda coisa inesperada como essa, eu não consegui realizar a ideia, eu não percebi que em um telefonema eu tinha perdido um grande companheiro. Todo mundo aqui sabe o que eu estou dizendo e você pode imaginar como ele era”, disse ela. 

“Quem aparecia era o Louro, o Louro é real pra mim e pra todo mundo que o conhecia. E quando eu falava com o Louro, eu falava com o Louro, eu nunca enxerguei o Tom no Louro. É a coisa mais maluca do mundo, o Louro era o Louro, e o Tom era o Tom, por mais bizarro que isso possa parecer para muitas pessoas. Tão divertido, tão diferente e tão igual, muito maluco isso. O Tom nunca foi um intérprete de bonecos. Quando ele trabalhava comigo na Record, ele me ajudava na área de artesanato. Eu inventei a história do Louro, tinha o boneco todo destrambelhado, e testei um monte de gente, não queria um bonequeiro oficial, eu queria alguém de frescor para encarar o Louro, ele veio e começou a brincar no intervalo do programa com o boneco e ele se encontrou, mas não queria fazer de jeito nenhum. O Tom era muito amado por todos nós e por todos que tiveram a oportunidade de estar com ele, porque era um relação de muito afeto, de muita brincadeira, sempre de sorriso largo. Com a graça de Deus eu sou rodeada por gente que gosta do que faz e gosta de fazer o melhor”

E todos adoravam realmente o Tom. Nunca houve nenhuma situação que fosse tensa entre Tom e algum integrante da minha equipe. Eu mesma nunca briguei com o Tom, gente nunca teve uma discussão, era raro. A gente era tudo igual, a gente era confidente um do outro. Me contava coisas que não falava para ninguém. E a mesma acontecia comigo e com ele.”

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